🧠 Filosofando sobre a vida...
Um dia desses, do nada, uma seguidora me mandou uma mensagem.
— Leandro, eu posso te fazer uma pergunta mais pessoal?
Meu perfil é altamente profissional, mas como eu sei que muitas vezes as pessoas se inspiram no meu estilo de vida, inclusive a minha newsletter tem essa proposta de filosofar sobre a vida e também tenho um curso chamado Filosofia Ladeira, falei: vamos ver se consigo te ajudar.
Olha só a pergunta que ela me fez:
“Então, eu ganho mais que meu marido. Eu fico assistindo um monte de conteúdo que diz que o provedor da casa tem que ser o homem, que a mulher tem que ficar em casa, que homem que não é provedor é frouxo… Isso foi ficando na minha cabeça e estou confusa, perdendo a admiração pelo meu marido.”
O que eu respondi:
— Seu marido é um acomodado que não faz nada? Um preguiçoso?
— Não.
— Então…
Olha o perigo que é ser influenciado pela internet. Você estava lá, feliz e apaixonada pelo marido, mesmo ganhando mais que ele, e aí começa a ouvir um monte de discursos da internet que colocam o seu casamento em risco.
A maioria desses vídeos com esse tipo de discurso são moldados para viralizar. A maioria nem é escrita por quem fala. A pessoa vai no reels em inglês, vê vídeos virais lá de fora, traduz e copia só pra tentar viralizar aqui.
Eu conheço gente que fala que mulher não pode trabalhar, que tem que ficar em casa, que o homem tem que ser o provedor alfa… mas na vida real a própria esposa não é essa dona de casa, na verdade ela trabalha e trabalha muito.
O que você vê na internet é um pedaço intencionalmente recortado da realidade. Feito sob medida para vender, impressionar, viralizar. Tá longe da realidade.
No Brasil real, do mundo real, se o casal não se virar pra trabalhar, a conta não fecha. Com a renda dos dois a coisa já fica apertada, imagina com a renda de um só?
Nada de errado para quem optou por um estilo de vida diferente do meu. Cada casal tem suas escolhas. Tem gente que fala: eu quero que minha mulher fique em casa cuidando dos filhos e eu vou trabalhar. Se ela está bem com isso, e você também, tudo certo.
Tem casal que fala: vamos dividir contas e responsabilidades. Tem casal que fala: você trabalha mais, então você paga a maioria das contas. Tem casal que fala: o dinheiro é todo do casal. Os gastos são todos discutidos em casal. Qualquer acordo é válido desde que ambos estejam satisfeitos e felizes.
O problema é o influenciador traduzir texto viral de fora e ditar as regras de gente, que antes era feliz, e agora tá cheio de caraminholas na cabeça.
Seu marido pode ter outras qualidades. Ele pode fazer menos dinheiro que você e te fazer feliz.
Não deixe discurso doido nenhum moldar a sua vida. Sempre se questione se o que você está ouvindo é válido para sua realidade.
Um dia desses, por algum motivo, caí numa bolha de conteúdos com comidas de boteco. Gente cozinhando ou comendo torresmo, feijão tropeiro, comidas pesadas e gostosas. De alguma maneira aquilo me lembrava a infância, na cidade do meu avô. Esses vídeos começaram a aparecer todo dia.
Percebi que quando ia me servir no almoço, cozinhar ou até fazer compras, meu apetite estava diferente. Eu colocava mais fritura, mais pimenta. Comecei a ter vontade de comer costelinha de porco, carnes mais gordurosas. Uma hora a ficha caiu: meu comportamento estava sendo moldado pelos vídeos que eu assistia.
Fui lá e usei a ferramenta mais poderosa do Instagram: o botão não tenho interesse.
Se algum conteúdo que você sabe que atrapalha a sua vida fica aparecendo, deixe de seguir. Se mesmo sem seguir continua aparecendo, clique e marque: não tenho interesse. Só assista ao que te inspira a ser uma pessoa melhor.
📊 Filosofando sobre marketing e negócios
Outro dia fui analisar a estratégia de Black Friday de um cliente no evento da Hotmart. Ele estava mostrando o retrospecto da Black dele.
Em 2023, faturou 300 mil.
Em 2024, faturou 500 mil.
E em 2025 queria bater 10 milhões.
Por sorte, eu conhecia o negócio. Senão, de cara eu diria: você está tentando dar um salto irreal. Mas eu sabia que, fora da Black, ele já tinha um faturamento maior. Perguntei:
— Nesse ano da Black de 2023, quanto você faturou no total, sem ser a Black?
— 10 milhões.
— E em 2024?
— 22 milhões.
— Qual produto você mais vendeu?
— Uma formação em psicanálise.
— E o que você vendeu na Black?
— Alguns cursos de relacionamento.
Achei o problema. Você vende muito um produto o ano todo, cria consciência para ele, mas na Black tenta vender outro.
Perguntei o motivo. Ele respondeu: “Quero criar um produto de assinatura, tipo uma Netflix do nicho de relacionamento.”
Interrompi: Cara, os números dizem que as pessoas não querem esse Netflix. Elas querem o curso de psicanálise. Você pode acreditar nesse produto, trabalhar para que o sonho vire realidade… mas aí vai ter que vender o ano todo, criar desejo e educar o público. Só então, quem sabe, fazer uma Black com ele.
Esse ano, faz a Black da psicanálise. Vai faturar alto. No próximo, se conseguir vender muito o outro, aí sim, pensa em arriscar.
Moral da história: você tem que vender o que as pessoas querem comprar, não o que você quer vender.
🎬 Anúncios e vídeos criativos que eu adorei
Back to the office (or not) with monday.com
Esse vídeo é genial porque usa o conceito de personificação, que ensino no Light Copy. Isso quebra o padrão. Em anúncios, o normal é um apresentador falando. Entediante. Aqui, eles criaram uma versão Toy Story do escritório: os objetos apresentam o produto de forma divertida.
🔗 https://www.youtube.com/watch?v=cTfyKr2KVV8@_falecoreano
Do nada esse canal apareceu pra mim. Um negócio ultra nichado, com 1,4M de seguidores e vídeos bombados. Achei que fosse porque o cara é engraçado. Não. O segredo dele é quebrar o padrão: responde com elegância, seriedade, cultura. É tão diferente que chama atenção. Leia os comentários: o público ama a personalidade dele. Prova de que sempre haverá quem goste de você exatamente como você é.
🔗 https://www.instagram.com/reel/DO1h7oeAXbD/?igsh=MXNzaXB2aGJpbDBl@brazilcalisthenics
Esse vídeo apareceu na minha timeline. O hook foi ótimo: “Se você tem parede em casa…”. É tão óbvio que você fica curioso. Depois ele mostra exercícios práticos para postura e core. Salvei o vídeo. Não só pelo hook, mas porque o conteúdo era realmente útil. Moral: o hook atrai, mas o conteúdo é o que te dá valor. Não seja só bom de hook, senão você viraliza apenas para mostrar ao mundo que é medíocre.
🔗 https://www.instagram.com/reel/DOswj-zjjHf/
📚 Recomendação da semana
Essa semana vou te indicar um livro, e ele tem tudo a ver com o filosofando sobre marketing de hoje.
Apaixone-se pelo problema, não pela solução.
Esse livro mostra exatamente o que falei para o mentorado. Ensina que muitas vezes os empreendedores se apegam às suas soluções, e isso é um perigo. Você tem que se apegar a resolver problemas.
Às vezes você está tão apegado ao jeito que encontrou de resolver, que nem percebe que não é o que o público final quer, ou que ele quer de outro jeito.
O erro mais comum é o excesso. O empreendedor vai sofisticando demais um produto que deveria ser simples e, na intenção de ser bom, acaba ficando complexo.
Esse livro mostra vários exemplos de soluções simples que renderam bilhões e mudaram o mundo. Faça o simples, sempre. Só tem um problema: por incrível que pareça, complicar é mais fácil que simplificar.
💼 Momento Jabá: Se você não conhece nossos produtos:
VTSD — Curso pra quem quer criar e vender produtos digitais:
cursos, e-books, mentorias, planilhas, templates, SaaS.
Light Copy — Formação em copywriting pra escrever com persuasão e criatividade, mesmo sem experiência.
Stories 10x — Método que aumenta em pelo menos 10x o crescimento e as vendas do seu perfil do Instagram
Mentoria Fluxo — Mentoria com acompanhamento individual pra criar, ajustar e escalar produtos digitais: cursos, e-books, mentorias, SaaS, planilhas e mais.
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