Eu tenho uma amiga que tem uma história de vida muito incrível, mas não estou falando daquelas histórias sofridas, tristes de muita superação.

Ela nasceu em família estruturada, aparentemente tinha tudo para ter uma vida comum e tranquila. Normal. Mas construiu uma trajetória atípica no trabalho. Abriu mão de muito dinheiro, status e daquele ambiente cheio de puxadores de saco, tudo porque tinha fortes valores éticos.

Ela viveu e viu os bastidores íntimos das maiores empresas da Faria Lima.

Não vou entrar no detalhe da história aqui, a intenção é outra.

Esse final de semana estava falando dela para uns amigos. Contando a história e, de repente, todo mundo parou de falar, esticou o pescoço, um que estava sentado longe parecia uma girafa tentando ouvir. Outro não se aguentou e até trocou de lugar.

Quando a história é boa, dá pra ver no olhar das pessoas: a curiosidade, a adrenalina, a raiva, o nojo e a admiração pela personagem principal.

No outro dia de manhã, mandei mensagem para ela: sua história deveria ser filme. Sempre que falo sobre sua história, falo com entusiasmo, e dá pra ver no olhar das pessoas, elas ficam completamente presas nela.

Eu não estava falando como figura de linguagem, era sério. Ela é rica e bem relacionada, tem dinheiro para produzir esse curta. Esse filme pode ser o início de todo lançamento, e todo Brasil deveria saber o que ela sabe sobre como funciona a Faria Lima.

Mas a reflexão para você que me lê aqui é outra, igualmente profunda.

Se sua vida fosse um filme, você se orgulharia do seu personagem?
Seu personagem seria um protagonista? Um herói? Uma vítima? Um figurante?

Pode ser que você tenha sofrido na vida, que seja uma vítima. Infelizmente não podemos fazer nada em relação às circunstâncias da vida. O roteirista é Deus, mas teoricamente você tem o livre-arbítrio. Você vai ser daquelas vítimas de Todo Mundo em Pânico, que todo mundo fala: “Burra, o que você vai fazer às 2 da manhã numa rua escura sozinha para comprar um macarrão instantâneo, sabendo que tem um serial killer à solta?” Se ele não te matar, você vai morrer de câncer.

Será que seu personagem é aquele do Titanic que vai morrer tocando violino, ou como o Jack, que mesmo sabendo que vai morrer, vive sua última história de amor? Se bem que eu sou meio puto com o Jack. Acho que ele morreu de propósito só para ser o herói, porque naquela madeira cabiam dois.

Se minha vida fosse um filme, seria uma mistura de Jack Sparrow, Um Sonho de Liberdade e Debi & Lóide: Dois Idiotas em Apuros. Depois de erros e acertos, eu tenho orgulho do meu personagem.

Se você não tem, lembre-se: Deus é o roteirista, mas você tem livre-arbítrio.

Comece pelo objetivo.

Essa semana estava conversando com empresários que faturam mais de 3 milhões por ano. Alguns 3, outros 30, outros 5… Ou seja, todos já tinham algum resultado relevante. Eu estava os mentorando para chegar em resultados melhores.

Uma coisa me deixou surpreso: apesar do resultado interessante, eles não sabiam uma das coisas mais básicas e óbvias do empreendedorismo. Ou sabiam, mas na hora da vida real, esqueciam.

Quando começo o processo de mentoria, percebo que estão meio perdidos e faço a pergunta mágica: qual seu objetivo?

Um dos caras queria fazer uma Black grande. Eu perguntei: por quê? Percebi que ele estava fazendo, porque todo mundo estava fazendo. Mas não tinha nem objetivo.

Perguntei de novo: qual seu objetivo?
Ele falou: fazer um milhão.

Fui para a planilha na hora:
— Qual o ticket do produto?
— Qual sua taxa de conversão histórica?
— Quantos leads precisa captar?
— Qual o valor que pode pagar por lead?
— Quantos leads já tem na base atual?

Poucos minutos depois, desenhamos um plano de 2 milhões. Com os números dele em mãos, vimos que ele estava pensando pequeno.

Eu usei a metodologia de planejamento que é: comece de trás para frente. Descubra o que você quer, liste o que você tem, planeje o que você precisa ter.

Falando em Black Friday: esse ano eu vou fazer a maior Black da história do Brasil. Quando você descobrir a nossa oferta, vai ficar assustado. Vai parecer mentira. Nunca fizeram nada parecido no mundo.

Existem duas visões de uma mesma situação, a do filósofo e a do sábio, mas o sábio só chegou onde chegou pela disciplina enquanto filósofo.

Esse vídeo vai te fazer refletir. Ele tem tudo a ver com a história da minha amiga da Faria Lima. Ela carregou o porco.

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